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Planejando uma viagem com o bebê: 5 dicas essenciais

Quem nunca ouviu (ou repetiu) a frase: "vamos aproveitar para viajar agora, pois depois que vierem os filhos não vai ser mais possível". 

Parece ser mesmo uma máxima a ideia que não é possível viajar com os filhos (ainda mais se forem pequenos). Mas aos poucos acredito que este conceito esteja mudando. Afinal, viajar com bebês e crianças pequenas não precisa ser um bicho de sete cabeças!

UM POUCO SOBRE NOSSO MINI-VIAJANTE 

O nosso mini-viajante é filho de pai britânico e mãe luso-brasileira, apaixonados por viagens. Ele é o nosso companheirinho de férias. Antes de completar 2 anos de idade carimbou o passaporte em 3 países (Reino Unido, Argentina e Chile) e conhece 4 estados do Brasil. Já viajou de carro e avião - incluindo um voo transatlântico para a Europa aos 3 meses e meio de idade.

Pode ser que no futuro ele não irá se lembrar com detalhes de todas essas aventuras. Mas tenho certeza de que todas essas experiências estão ajudando a construir sua personalidade e fazer dele uma pessoa mais aberta ao próximo. Além de proporcionar maravilhosas lembranças em família!

Bom... Mas vamos ao que interessa!

Se você está com vontade de viajar com seu bebê / filho pequeno, mas tem medo... Veja as nossas 5 dicas essenciais para planejar uma viagem com bebês: 

1. PREPARE-SE ANTES DA VIAGEM

Não dá pra querer planejar qualquer viagem com um bebê - seja um fim de semana na praia ou uma super viagem a Disney - se os pais "morrem de medo" de sair com a criança no dia a dia.

É muito importante fazer um  vários "test-drive" antes de pensar em qualquer viagem. Programar saídas aos fins de semana para restaurantes, um parque ou museu da sua cidade. Vale até ir tomar café da manhã na padaria da esquina.

A ideia é que os pais, aos poucos, aprendam a gerenciar o cuidado do filho fora de casa (e conheçam e aprendam a resolver as possíveis dificuldades que vão aparecer).

Além disso, a criança tem a oportunidade de se acostumar a estar em lugares que não sejam casa / escola / casa da vovó.




2. MANTENHA UM MÍNIMO DE ROTINA

Quem tem filho pequeno sabe o quanto a rotina é fundamental para a criança. Segundo especialistas, a rotina diária ajuda a transmitir segurança à criança.

Portanto acho muito importante manter os horários das refeições e do sono para que a criança se adapte mais facilmente à viagem e não fique estressada com tanta novidade. 

Para isso, é importante que os pais adequem o roteiro / destino pensando em manter os horários das necessidades básicas da criança.



3. ADEQUE AS EXPECTATIVAS AO DECIDIR DESTINOS E ROTEIRO

Não tem como fugir. O ritmo de qualquer viagem com uma criança pequena é (e deve ser!) mais lento do que quando se viaja apenas entre adultos.

Como comentei no item #2 acima, é super importante respeitar o ritmo do pequeno. Ele precisa brincar, comer e dormir nos horários que já está acostumado. 

Pode parecer meio óbvio, mas é muito fácil cair na tentação de fazer um roteiro estilo "10-países-da-Europa-em-5-dias". Se com adulto já é estressante, imagina com criança pequena então... Não rola!

Obs.: Não penso que um roteiro/destino com criança pequena tenha que se limitar a Disney / hotel fazenda / resort na praia. É possível sim ir a locais como Buenos Aires desde que a rotina diária não seja "puxada" e a visita ao museu seja intercalada com uma brincadeira no parquinho, por exemplo.





4. ESCOLHENDO O HOTEL

A escolha de um hotel adequado para a família pode fazer muita diferença na qualidade da viagem! 

Muitos hotéis não cobram para hospedar crianças com menos de 5 anos, acompanhadas dos pais / responsáveis, em camas existentes. 

Para os menores, vale a pena verificar se o hotel oferece bercinho para o bebê (até 2 anos de idade). Mas, para isso, é preciso consultar a hospedagem e "reservar" o bercinho! Não é "automático" com a reserva do quarto, não!

Outro questão muito importante ao se escolher o hotel para a viagem é dar preferência aos apart-hotéis (que possuem cozinha e sala separada) ou, ao menos, um quarto de hotel com varanda. Assim, os pais podem descansar / conversar / assistir TV com mais tranquilidade depois que a criança vai dormir (nada mais chato que ter que ficar falando baixinho com medo da criança acordar, não é?).

Quando o bebê já está na fase da introdução alimentar, é importante verificar a questão das refeições com o hotel: o quarto do hotel possui cozinha (apart-hotel)? O hotel possui restaurante? Se os pais decidirem levar as papinhas, o hotel disponibiliza frigobar e um local para esquentar? Tudo deve ser levado em conta.

Na minha opinião, escolher um hotel com restaurante é fundamental. Não apenas para o bebê, mas também para os pais terem a facilidade de não precisar sair do hotel apenas pra jantar.

Para viagens mais curtinhas (um fim de semana prolongado fora, por exemplo) e mais próximas, acho tranquilo levar a comidinha congelada, guardo no frigobar e peço pro hotel descongelar.

Já para viagens mais longas ou mais distantes, costumo optar por um hotel que disponibilize cozinha no quarto.


5. CADA IDADE TEM O SEU DESAFIO

Viajar com os filhos nunca vai ser a mesma coisa que viajar em casal. Não importa a idade que eles tenham, cada fase é uma descoberta  e a gente tem que ir se adaptando...

O mesmo acontece com as viagens. Não necessariamente será mais fácil quando a criança estiver maior! Os "desafios" irão apenas mudando conforme o bebê cresce. 

Viagens com bebês até 6 meses

Durante a fase da amamentação, os principais desafios eram: os locais para amamentação (parava várias vezes ao dia em cafés e restaurantes para amamentar o pequeno) e a escolha de locais tranquilos para passear (sem excesso de barulhos que pudessem assustá-lo). No mais, era super tranquilo. Aliás, até hoje, foi a fase mais tranquila - na minha opinião - para viajar com o meu filho. Não importava o local, se estivesse com a gente - no colo ou no carrinho - ele estava feliz.


De 6 meses até 1 ano

Nesta idade, a alimentação passou a ser o principal desafio. A fase das papinhas! O Vincent nunca gostou das papinhas prontas (também, alguém já experimentou? Tem um gosto muito ruim!). Então, eu preparava (ou comprava com uma nutricionista), e levava as papinhas caseiras congeladas, em uma bolsa térmica que mantinha os alimentos congelados por algumas horas. Deixava no frigobar do hotel até a hora da alimentação ou saída pros passeios e pedia pra esquentar no restaurante durante o almoço ou jantar (aí a gente tinha que conciliar nossas refeições ou uma paradinha pro café pra ele comer tranquilo).

P.S. essa dica é para viagens nacionais, com tempo de deslocamento curto. Para fora do país ou viagens com deslocamentos longos, não tem como levar a comida pronta =(  A solução aí ou seria ficar num apart-hotel com cozinha e preparar a comida lá ou ficar com as papinhas prontas ou refeições nos restaurantes, para os maiorzinhos.


18 meses

Agora, depois de uns 18 meses, ele já anda, corre, pula, não fica parado! O maior desafio é entretê-lo e encontrar locais para ele "gastar energia". 

A alimentação já está mais tranquila, eu ainda continuo levando as papinhas congeladas "para garantir", mas se vejo que o restaurante possui um cardápio saudável, a gente divide a nossa comida com ele. 

Aliás, a hora das refeições é um dos maiores desafios nessa fase que a criança fica entediada se não está pulando por aí. Nos restaurantes, ele come junto com a gente para ficar entretido. E, eventualmente, preciso lançar mão do celular/tablet ou um livrinho de história para distraí-lo.
 


Só lembrando que essas são algumas dicas baseadas na nossa experiência pessoal, para o nosso filho e nossa família. Cada criança é diferente e cada família é diferente. São dicas apenas para "orientação"/"estímulo" para quem quer viajar com o bebê, mas tem algumas dúvidas. Para quem não se sente confortável / não quer viajar com bebê o melhor é esperar e pensar um pouco mais.      

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